segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A perda da fertilidade no decorrer da idade




O número de homens e mulheres que desejam ter filhos em uma idade mais avançada vem aumentando nos últimos anos e com isso, cada vez mais aumenta o interesse pelo efeito do envelhecimento na capacidade de ter filhos. Segundo algumas publicações nos Estados Unidos, o número de mulheres que têm seu primeiro filho ao redor dos 20 anos diminuiu um terço desde 1970, ao passo que, na casa dos 30 ou 40, quadruplicou neste período. Na maioria das vezes e repetindo o texto já explicado no primeiro capítulo, isso se deve a incorporação da mulher de forma intensa na vida profissional visando o sucesso da sua carreira e a busca da estabilidade financeira; ou pelo início tardio a uma vida afetiva que desperte o desejo de ter filhos, seja pela dificuldade de encontrar um parceiro, seja pelo ingresso em um novo casamento.
Muitas mulheres acreditam que a ciência médica pode lutar contra a natureza e desfazer os efeitos do tempo - puro engano.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, os homens também perdem a sua fertilidade, não com a mesma intensidade das mulheres, mas de uma forma mais lenta. Da mesma forma que as mulheres, notou-se nas últimas décadas um aumento de 20% de pais com idade superior a 35 anos. No Brasil e na Europa, neste mesmo período, mais homens entre 50 e 65 anos têm procurado os serviços médicos em medicina reprodutiva com o desejo de serem pais. Portanto, a perda da fertilidade um fato inexorável para homens e mulheres, mas pode ser administrado com cautela. Não fumar, manter o peso saudável e evitar DSTs, são algumas das maneiras de tentar prolongar a capacidade reprodutiva de ambos.
MULHERES
A perda da fertilidade da mulher no decorrer da idade é supostamente conhecida por todos e também já foi comentado no primeiro capítulo desse livro. Entretanto, para que o leitor não precise voltar às páginas iniciais faço um breve comentário: a menina na puberdade inicia as suas menstruações com cerca de 300 mil óvulos disponíveis nos seus ovários e a cada ciclo menstrual, para um óvulo que atinge a ovulação, mil são perdidos, fazendo que ao redor dos 50 anos dificilmente existam óvulos capazes de serem fecundados. Dessa forma mulher se torna praticamente incapaz de engravidar com os próprios óvulos. É o fim do estoque de óvulos disponíveis para serem fertilizados, o fim da "reserva ovariana".


Como avaliar o potencial fértil da mulher?


Existem alguns exames que podem avaliar de maneira precisa o potencial reprodutivo da mulher. Eles não garantem a longevidade reprodutiva, mas dão uma idéia desta capacidade.



Fertilidade Relativa Mulher

AVALIAÇÃO DA RESERVA OVARIANA


A Reserva Ovariana é avaliada, fundamentalmente, pela dosagem sangüínea de quatro hormônios no 3º dia do ciclo menstrual: FSH, estradiol, inibina-B e hormônio anti-mulleriano além da ultra-sonografia no início do ciclo menstrual.
FSH maior do que 10 mlU/ml e estradiol maior que 35 pg/ml, geralmente sugerem uma má respondedora aos estímulos hormonais ("Poor Responder").
FSH menor do que 10 mlU/ml e estradiol menor do que 35 pg/ml geralmente sugerem uma boa respondedora aos estímulos hormonais ("Good responder").
Inibina-B: é um hormônio fabricado pelas células dos ovários e indica a quantidade de óvulos disponíveis para serem fertilizados. Quando estiver com concentração abaixo do normal, significa que existe uma diminuição deste número e a capacidade de engravidar está também, teoricamente, menor.
Hormônio anti-mulleriano(AMH): É um hormônio fabricado por células do ovário(folículos) e dá uma idéia do número de óvulos existentes nos ovários capazes de serem fertilizados no presente e, para o futuro, a possível longevidade reprodutiva.
ULTRA-SONOGRAFIA: avalia o tamanho, o volume dos ovários e a presença de folículos iniciais (ou folículos primordiais). Ovários pequenos e sem estes folículos significa uma Baixa Reserva Ovariana.


MULHERES: PRESERVEM SUA FERTILIDADE


Procure engravidar antes dos 35 anos.
Se houver histórico familiar de menopausa precoce e ainda não puder engravidar, congele seus óvulos.
Se estiver com idade próxima aos 35 e com uma vida conjugal estável e sem filhos, saiba que o melhor momento é agora. Não adie mais, pois a sua fertilidade não estará melhor nos próximos anos.
Se estiver com idade próxima aos 35 e se não houver perspectivas de um casamento em curto prazo, pense na possibilidade de congelar óvulos.


Fonte: http://www.ipgo.com.br/

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