segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Doenças do coração em meu cão!!!


Então pessoal!!! O meu grande medo não era a cirurgia da PIOMÉTRA e sim o problema do coração que ela tem....a veterinária me disse que era uma cirurgia de risco, por causa da anestesia...ou seja, ela poderia morrer na mesa!!!! Meu desespero era tão grande que eu achei que iria infartar!!!! Vamos entender um pouquinho sobre o coração dos nossos bichinhos!!!




Os cães e gatos podem ficar doentes do coração?
Eles podem adoecer do coração, principalmente quando
envelhecem.

Então todos os pets quando envelhecem ficam cardíacos?
Não necessariamente todos, mas 1 em cada 10 cães
torna-se cardiopata.

Qual a idade mais freqüente para aparecer doença no
coração do meu cão?
Nos animais geriátricos ou idosos, a doença do coração
pode surgir entre 9 e 11 anos, entretanto, outras
cardiopatias poderão também surgir durante a vida do
animal.

Os cães e gatos jovens podem ter doença no coração?
Sim, fundamentalmente as doenças congênitas que são
infrequentes e que levam ao óbito muitos filhotes
antes até de um diagnóstico médico veterinário.

Existem muitas doenças cardíacas em cães e gatos?
Não muitas, mas deve-se destacar nos cães a FIBROSE DA
VÁLVULA MITRAL e a CARDIOMIOPATIA DILATADA CONGESTIVA
IDIOPÁTICA. Os gatos, diferentemente dos cães,
apresentam principalmente a CARDIOMIOPATIA
HIPERTRÓFICA e o TROMBOEMBOLISMO. Obrigatoriamente,
destacam-se também as parasitoses cardíacas como a
DIROFILARIOSE, comum nos cães, infrequente nos gatos e
encontrada mormente nos animais que vivem próximo ao
litoral, em todo Brasil.

Existem formas de prevenir as cardiopatias nos pets?
Claro que sim. Provavelmente haverá uma possibilidade
de prevenir, para isto deve-se sempre consultar o seu
médico veterinário.

As parasitoses cardíacas podem ser prevenidas?
Não só podem como devem. Normalmente, antes de
qualquer viagem para o litoral, o proprietário do
animal deve levá-lo ao médico veterinário, o qual
deverá indicar fármacos preventivos para serem usados.
Por outro lado, os animais que vivem regularmente no
litoral, devem sofrer tratamentos preventivos
sistemáticos contra estes tipos de parasitoses.

Como prevenir as cardiopatias congênitas?
Os criadores devem ficar atentos, pois determinadas
cardiopatias aparecem em determinadas linhagens de
raças e podem se acentuar nos cruzamentos
consangüíneos. Para exemplificar, podemos citar como
cardiopatia congênita a ESTENOSE DA VÁLVULA PULMONAR,
que é comum em cães da raça BULLDOG ou a PERSISTÊNCIA
DO DUCTO ARTERIOSO, comum em POODLE, e assim
poderíamos ficar citando outras cardiopatias em outras
raças.

Em síntese, os proprietários devem procurar conhecer
as linhagens dos reprodutores sempre que possível ou
se, por infelicidade, aparecer alguma cardiopatia
congênita em seu plantel, deve-se tentar encontrar
qual o tipo de cardiopatia congênita que afeta ou
afetou seu animal. Na dúvida, é importante retirar o
animal da reprodução até uma definição do tipo de
cardiopatia e assim prevenir a disseminação e
perpetuação da doença para a prole.

As cardiomiopatias dilatadas nos cães também podem ser
prevenidas?
Até o momento creio que não, todavia sabemos que elas
podem ser comuns em determinadas linhagens de raças de
cães como o BOXER, DOBERMAN, COCKER e mais
recentemente pude observar duas ninhadas de ROTTWEILER
com esta cardiopatia. Infelizmente, o prognóstico
nestes casos muitas vezes não é bom.

E as doenças cardíacas dos cães velhos, podem ser
prevenidas?
Esta é uma pergunta que deve ser explicada de forma
muito clara. A nossa experiência, e a de muitos outros
veterinários cardiologistas, nos direcionam no sentido
de afirmar que mais e mais cães e gatos ficarão
velhos.

À semelhança da população humana, os nossos amiguinhos
tem aumentado o tempo de sobrevida. É ainda pouco
perceptível, mas com o advento de rações de melhor
qualidade, acreditamos que num futuro não muito
distante iremos nos surpreender com esta realidade.

Todo este esclarecimento se faz no sentido de informar
que também as cardiopatias nos cães geriátricos
aumentarão, pois são doenças degenerativas que
aparecem principalmente com a idade. Sendo assim, um
maior número de cães cardiopatas ocorrerão. 



No momento, não há como prevenir a FIBROSE DA VÁLVULA
MITRAL, principal cardiopatia dos cães senis de
pequeno porte, mas felizmente podemos controlar muito
bem. Para isto devemos consultar regularmente o médico
veterinário no sentido de diagnosticar precocemente a
referida afecção.

De que maneira eu poderia perceber que meu cão está
cardiopata?
Existem algumas manifestações em cães idosos que devem
chamar a atenção do proprietário. Por exemplo,
sonolência, canseira ou fadiga, tosse crônica,
dificuldade respiratória, emagrecimento, aumento de
volume abdominal e gengiva muito pálida ou arroxeada.

E nos gatos, os sinais clínicos de doença cardíaca são
os mesmos observados nos cães?
Devemos nos atentar principalmente para as dificuldade
respiratórias e as paralisias de membros. Gatos velhos
também podem desenvolver HIPERTIREOIDISMO e
conseqüentemente CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA,
entretanto nossa experiência indica que esta afecção
não é tão frequente assim, ou talvez seja pouco
diagnosticada em função do menor número de felinos.

Cães e gatos obesos tornam-se cardíacos?
Este é um outro conceito extraído erroneamente da
medicina humana. A obesidade leva muito mais a
problemas respiratórios do que a problemas cardíacos.

O INFARTO DO MIOCÁRDIO é uma cardiopatia freqüente em
cães e gatos?
Não é freqüente como no ser humano. Diferentemente,
noventa porcento (90%) das cardiopatias nos cães são:
FIBROSE DA VÁLVULA MITRAL e CARDIOMIOPATIA DILATADA.

Cães e gatos doentes do coração precisam tomar
medicação a vida toda?


O tratamento de cardiopatias deverá ser sempre de
acordo com a afecção apresentada por cada animal.
Conforme a cardiopatia, deveremos ter uma conduta
terapêutica específica, que também dependerá da fase
de insuficiência cardíaca congestiva apresentada. Por
exemplo, se estamos diante de caso de Endocardiose ou
Fibrose da Válvula Mitral na fase inicial da doença e
o animal nada apresenta de sinais de insuficiência
cardíaca congestiva, nós orientamos o proprietário
para que, frente aos primeiros sinais clínicos, ele
possa encaminhar o cão. 



Por outro lado, se o animal já apresenta sintomatologia clínica, então teremos que
medicá-lo de forma contínua, procurando ajustar sempre
as doses dos medicamentos durante os retornos. É claro
que existem casos como as Endocardites, Miocardites e
Dirofilarioses, em que após o tratamento específico e
melhora clínica, pode-se interromper a terapia. Em
síntese, as cardiopatias são variadas como também são
variados os tratamentos. Finalmente, gostaria de
desmistificar, contrapondo a idéia de que cães e gatos
cardiopatas devam ser constantemente medicados, sendo
que não é raro encontrar animais intoxicados com
medicação cardiológica.

Piométra

Bom, gente, dei uma sumida...peço desculpas aos leitores, é que desde julho muitas coisas aconteceram, então pra não ficar chato, vou contar o que aconteceu em forma de matéria, de artigos, pra conhecimento de todos!!!

Bom, vou começar pelo acontecimento mais recente, minha Dog!!! Sempre subi que ela é cardiopata, inclusive toma remédios pro coração, mas depois explico melhor o que ela tem....enfim, tenho uma cachorra de 14  anos, já ta velhinha, na qual não é castrada (vou explicar depois pq não castrei e a sua importância) bom, continuando..... por não ser castrada ela ainda tem Cio, 1 mês depois do termino do Cio, ela começou a se limpar muuuito e percebi que da sua vulva estava saindo um líquido purulento, parecia catarro, era verde, na minha ignorância achei que poderia ser hormonal (período fértil) e deixei pra ver se acabaria, deixei por uma semana, enquanto isso minha outra cadela estava vomitando, então levei a que estava vomitando (Belinha) para a veterinária para descobrir o que era...não descobrimos. Um dia foi pedido para ela fazer uma ultrassom, e no meio do exame contei que minha cadela de 14 anos chamada Táchana estava com sua vulva meio grande e saindo um líquido verde, ela mais que imediatamente me disse que era para eu buscá-la para uma ultrassom, e que aquele líquido poderia ser pus, corri para minha casa e peguei a Táchana e o diagnóstico foi dado, ela estava com PIOMÉTRA.

PIOMETRA????????? O QUE SERÁ ISSO????
vamos entender!!!!

A piometra é um distúrbio uterino de cães e gatos, mediado pelo hormonio reprodutiva progestrona. A progestrona é o hormonio feminina que atua para manter a gravidez. Todas as cadelas, mesmo não estando grávidas, são expostas a concentrações sanguíneas de progestrona elevadas durante os 45 a 75 dias que sucedem o cio.


Causas

A progestrona provoca uma diminuição das defesas naturais do útero, fazendo com que este fique mais suscetível a infecções de bactérias que habitam normalmente a vagina e que “sobem” através do cervix para o útero infectando-o. Dentro destas bactérias, a E. coli é a bactéria que mais vezes causa piometra.

Como as concentrações sanguíneas de progestrona nunca são tão elevadas e frequentes nas gatas como nas cadelas, a piómetra é mais frequente nas últimas, embora as gatas também possam sofrer da doença.

Animais que tenham sofrido administração de medicamentos abortivos baseados em estrogéneos (injecções abortivas) ou anticoncepcionais baseados em progestrona (pílulas) são muito mais predispostos a piómetra. Nunca administre estes medicamentos aos seus animais.

A piometra pode surgir de duas formas, a aberta, em que o animal apresenta uma descarga vaginal de pús ou fluido uterino geralmente com mau cheiro, ou a fechada em que não existe descarga vaginal, porque o cervix está “fechado”. Geralmente a piometra fechada é mais preocupante porque o animal pode adoecer gravemente antes que o dono perceba que existe um problema.

A piometra pode levar à ruptura do útero pondo em risco a vida do seu animal, tal como a ruptura do apêndice nas pessoas. Embora sendo raro pode existir piometra num corno uterino e gravidez no outro.


Sintomas

Os sintomas de piometra podem ser variados passando por aumento do consumo de água e da produção de urina, febre, depressão, falta de apetite, perda de peso, vómitos e diarreia.


Diagnóstico

As análises de sangue podem revelar afecção de outros órgãos (fígado, rim, etc) lesados pela progressão da doença. A radiografia e ecografia abdominal geralmente confirmam o diagnóstico.


Tratamento

O tratamento passa irremediavelmente pelo internamento e administração intravenosa de soro e antibióticos para estabilizar o seu animal até que seja possível a resolução cirúrgica através de uma esterilização de urgência (ovariohisterectomia), ou seja, devee ser retirado o útero com urgência!!!